sábado, 28 de novembro de 2009

A pressa é da população


Em aproximadamente vinte anos de república em vigor, ainda, no Brasil, revoltosamente "contempla-se" uma política ineficaz justificada por uma população que se nega a assumir suas responsabilidades.
Revoltoso, pois, por maiores que sejam os problemas brasileiros em relação à educação, os cidadãos, em sua maioria, recusam-se a aprimorar o intelecto em relação à política, mesmo sabendo que o sistema político não constitui-se exclusivamente em livros, leis ou textos, mas também, progride na oralidade, no convívio informal. Refutando, assim, a desculpa pela falta de críticas e o desinteresse.
Porém, onde o único aliado de um político honesto, o povo, afirma, de cabeça erguida, que todos os seus representantes são mentirosos, corruptos, indignos de honra, sem ao menos se informar por fundamentar suas verdades a palavras daqueles que se intitulam mestres, gênios políticos que não passam, apenas, de sofistas individualistas, é compreensível ver a ilegalidade como padrão nos governos.
Enquanto o Brasil caracterizar-se por uma população politicamente ociosa, onde o negar torna-se muito mais fácil que o aprimorar, terá, sempre em seu âmago, uma república somente "de papel", onde a honestidade política é mérito e não uma obrigação.

Alexandre Sada

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