terça-feira, 20 de outubro de 2009

O massacre capitalista em El Salvador

Por muitos anos, a repressão, a tortura e o assassinato foram praticados em El Salvador por ditadores instalados e sustentados pelo governo norte-americano.

Em El Salvador, nos anos 1970, houve um crescimento das chamadas "organizações populares": associações camponesas, cooperativas, sindicatos e movimentos eclesiais de base.

Em fevereiro de 1980, o arcebispo de El Salvador, Don Oscar Romero, enviou uma carta ao presidente Carter em que implorava o não envio de ajuda militar para a junta que governava o país. Ele dizia que tal ajuda seria usada para "estimular a injustiça e a repressão contra organizações populares" que estavam lutando "pelo respeito por seus direitos humanos mais elementares".

Poucas semanas depois, o arcebispo Romero foi assassinado enquanto celebrava uma missa.

Na "inexperiente democracia" de El Salvador, jovens adolescentes de 13 anos eram capturados em assaltos a favelas e acampamentos de refugiados e, em seguida, forçados a entrar para o Exército, onde eram doutrinados em rituais copiados dos SS nazistas, inclusive com brutalização e estupros, preparando-os assim para os extermínios, que frequentemente tinham características sexuais e satânicas.

Os recrutas tinham de matar cachorros e urubus, mordendo-lhes a garganta e torcendo-lhes a cabeça, além de terem de olhar os soldados torturarem e matarem suspeitos dissidentes, arrancando-lhes as unhas, cortando-lhes a cabeça e partes do corpo. Em seguida, brincavam com seus braços para fazer graça.

As pessoas não são só assassinadas pelos esquadrões da morte em El Salvador. Elas são decapitadas e suas cabeças são postas em estacas e exibidas como parte da paisagem. Os homens não são só destripados pela Polícia do Tesouro Salvadorenho; suas genitálias são decapitadas e colocadas na boca. As mulheres salvadorenhas não são só violentadas pela Guarda Nacional, seus ventres são cortados e usados para cobrir o rosto. Não basta matar crianças; elas são arrastadas sobre arames farpados até a carne soltar dos ossos, enquanto os pais são obrigados a assistir à cena."

Trechos de "O que o Tio Sam realmente quer", Noam Chomsky

Quando os direitos dos investidores são ameaçados, a democracia tem de desaparecer; caso ocorra resistência, assassinos e torturadores são bem-vindos.



Enviado por: Diogo

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